Nascida na Paraíba, Jacqueline Terpins cresceu no Rio de Janeiro e, desde 1973, vive em São Paulo, onde fundou seu ateliê. Em 1968, começou a estudar desenho com o artista plástico Lydio Bandeira de Mello, na capital fluminense. Estudou também no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), com Lygia Pape, Anna Bella Geiger, Frederico de Morais e Ivan Serpa. Em Londres, se graduou pela Byan Shaw School of Painting and Drawing. Voltou ao Brasil para cursar artes com Ivan Serpa, que lhe apresentou um documentário tcheco sobre fábricas de vidro soprado, deixando-a apaixonada pela riqueza do material. Depois de estudar com Pierre Frisch em São Paulo, deu sequência a sua especialização na arte de lidar e entender o vidro nos Estados Unidos. A artista retornou ao Brasil e realizou uma série de exposições individuais em São Paulo e em outras importantes cidades. Impulsionada pela vontade de explorar as múltiplas potencialidades do cristal, construiu uma fértil e reconhecida trajetória, transitando com desenvoltura entre o terreno artístico e a produção de objetos utilitários e mobiliário. Já reconhecida por seu trabalho com vidro soprado, deu início a um minucioso trabalho com vidro plano, criando móveis inovadores, minimalistas e atemporais, como a linha PI, caracterizada pela extrema leveza visual. Jacqueline Terpins se tornou um dos nomes mais importantes do design contemporâneo brasileiro. Ao definir seu trabalho, costuma dizer que procura usar sua liberdade de criação para pesquisar diversas matérias-primas e suas diferentes formas de expressão. Na década de 1990, fez as primeiras experimentações com madeira. Foi quando desenvolveu as linhas de mobiliário Gazela (1992) e Sutra (1996). A partir de 2009, retomou e aprofundou o trabalho, lançando novas linhas, como a Copacabana (2010), que celebra um dos ícones do Rio de Janeiro: as calçadas de Copacabana, e a coleção de estantes Sessenta (2014), inspirada na estética da década de 1960.